iPad ou Galaxy Tab? Você já escolheu o seu? É claro que a decisão final é sua, mas é sempre bom saber de algumas coisas antes de comprar.
Acredite: você ainda vai comprar um tablet (ou pad, como muitos chamam também estes novos tipos de computadores). Pode ser hoje, amanhã, mês que vem ou em 2014, mas você ainda vai ter um. E se você for comprar hoje, talvez os maiores candidatos sejam o iPad, da Apple, e o Galaxy Tab, da Samsung.
O tablet da Apple foi um dos precursores do segmento como ele se apresenta hoje. No início dos anos 1990 já haviam alguns dispositivos que poderiam ser chamados de tablets, mas nada como o que o iPad trouxe em 2010. Junto com ele, a Apple trouxe todo um mercado de computadores pessoais baseados na experiência touchscreen e na conexão com a internet.
INFOGRÁFICO
A batalha das App Stores
Visite nosso infográfico e entenda a disputa entre a Apple Store e o Google Play - nova loja de aplicativos que veio substituir a Android Market Place.
Por que não desktops, notebooks e netbooks?
Nos últimos dois anos, após o lançamento do iPad, as vendas de notebooks e, principalmente, de netbooks apresentaram quedas significativas. Estes últimos principalmente devido ao fato de que netbooks e tablets, a princípio, foram feitos basicamente para o mesmo fim: navegar na internet e serem extremamente portáteis.
Os notebooks vão continuar existindo por muito tempo, já que possuem um outro perfil de uso, com características e funções muito mais avançadas, especializadas e “potentes” que um tablet ou netbook. Você consegue imaginar alguém trabalhando com softwares pesados como o Photoshop, AutoCad ou Pro Engineer em um tablet? Pois é justamente por motivos como este que os notebooks e desktops ainda vão manter seus nichos por algum tempo.
Entretanto, os netbooks foram criados basicamente para se conectar à internet e serem gadgets leves e de fácil transporte. Os tablets apareceram neste mesmo nicho e, com alguns diferencias que os destacaram demais dos netbooks, estão “roubando” definitivamente o mercado.
Onde mais os tablets levam vantagem
Quando o iPhone surgiu no mercado, lá em 2007, ele trouxe uma forma de interação com o usuário que iria revolucionar o mundo dos smartphones: o touchscreen, ou a tela sensível ao toque. O aproveitamento desta tecnologia nos tablets é bem maior que nos smartphones: com sua tela ampla, é possível explorar o touchscreen de inúmeras maneiras.
Hoje, é impossível pensar em um tablet que não tenha este tipo de interação. Todavia, nem sempre os teclados na tela são a resposta. Quem trabalha muito com texto tem a opção, é claro, de comprar um netboook (ainda uma interessante pelo preço e sistema operacional mais poderoso), mas já existem teclados que podem ser acoplados aos tablets. Assim, quem usa PC ou Mac para textos não precisa “brigar” com o teclado virtual desses dispositivos.
Além da tela, os tablets ainda ganham no peso, sendo muito mais leves que netbooks e, quem dirá, notebooks. Ainda, é extremamente prático tê-los sempre ligados, ao contrários de computadores e, mais especificamente, de notebooks e netbooks, que gastariam uma grande quantidade de bateria caso fossem deixados ligados o tempo todo.
Batalha interna: iOS x Android
Sistema operacional
Além de algumas pequenas diferenças de hardware, o que realmente diferencia o iPad do Galaxy Tab é o seu sistema operacional (SO). Enquanto o primeiro utiliza o iOS, desenvolvido também pela Apple, o segundo utiliza o Android, desenvolvido pela Google, sendo que ambos ocupam o nicho dos sistemas operacionais móveis, ou mobile, como é ainda muito utilizado.
Os dois sistemas são excelentes e estão nos dois primeiros lugares entre os sistemas operacionais mais utilizados em dispositivos móveis (leia-se tablets e smartphones). Vale lembrar que o iOS é utilizado tanto pelo iPad, quanto pelo iPhone e pelo iPod Touch, todos da Apple, enquanto o Android é utilizado por inúmeras marcas e modelos de tablets e smartphones - um concorrente que está nos calcanhares dos dois é o Motorola XOOM, que roda Android.
No mundo da tecnologia há uma grande discussão sobre qual sistema é melhor e um dos principais pontos de apoio das discussões é o fato de que enquanto o Android é um SO que pode ser utilizado livremente pelas empresas e usuários (com algumas restrições legais e um tipo especial de licença). Já o iOS é proprietário da Apple.
Esse fato traz algumas “limitações” de desenvolvimento e usabilidade para usuários mais avançados, mas, para os usuários comuns, pouco importa. Uma das grandes limitações do iOS é bem famosa: a falta de suporte a conteúdo com Flash, algo muito presente na internet e em vídeos.
É claro que existem algumas outras diferenças importantes, como o fato de o iPad não ter suporte a cartões de memória, transferência de arquivos via Bluetooth ou fácil acesso a arquivos de músicas, fotos ou documentos como o Galaxy Tab.
Por outro lado, o iOS possui centenas de milhares de aplicativos na App Store, especialmente desenvolvidos para tablets. O Android ainda não possui tantos aplicativos feitos especialmente para tablets, ainda que os apps de smartphone rodem tranquilamente nele.
Atualizações
A comparação entre a frequência das atualizações é um tanto complexa. A Apple está sempre liberando updates para o iOS, geralmente para correções de bugs e problemas identificados pelos usuários. Grandes atualizações ocorrem com menor frequência, como o lançamento do iOS 5, liberado no último dia 12 de outubro. Porém, a grande vantagem do iOS é que elas são mais “democráticas” sendo liberadas para todos os usuários ao mesmo tempo.
Com o Android, a questão é um pouco mais delicada. O sistema da Google possui uma grande fragmentação, com um grande número de empresas utilizando-o em seus tablets. Sendo assim, quando uma nova versão do Android é liberada, demora um tempo até que as empresas o adaptem e liberem para seus usuários. Este é, aliás, um grande problema que donos de smartphones Android enfrentam, quando em comparação com o smartphone da Apple, o iPhone.
No final das contas, é uma questão de gosto e opinião.
E o que iOS e Android têm de recursos?
Aplicativos
A questão dos aplicativos merece um tópico especial, pois é um grande diferencial. O iPad foi lançado no início de 2010 e, desde então, desenvolvedores lançam aplicativos diariamente para o tablet. Este fato dá uma boa vantagem ao produto da Apple, que possui mais de 140 mil apps específicos.
O Android, por outro lado, é muito mais novo, tendo sido lançado no final do ano passado. Por isso, e por alguns detalhes técnicos, a criação de aplicativos para o sistema operacional da Google ainda não está tão desenvolvida. Como consequência, a loja de aplicativos Android Market ainda não oferece um adversário à altura para a Apple App Store, nem em número nem em variedade.
Jogos e Conectividade
O jogos também são muito mais variados para o iOS. Há uma quantidade muito maior de títulos, tanto gratuitos quanto pagos. Quanto à conectividade, há um justo empate. Ambos tablets possuem conexão Wi-Fi e há também modelos com 3G, que requerem um plano de dados de operadoras de telefonia móvel.
Para quem usa os serviços do Google, o Android é uma boa pedida, já que possui integração total com os Google Apps, como o Gmail, Gtalk, Google Reader, Google Maps, Google +, Places, Latitude e YouTube.
Hardware
É difícil dizer qual hardware é melhor, se é que algum deles o é. O Galaxy Tab possui 4 versões.
O iPad possui duas versões também, sendo que o iPad 2 é mais rápido que o primeiro, possui câmera, suporte às Smart Cover - capas de proteção muito interessantes criadas pela Apple, e a opção da cor branca, além da tradicional preta.
Daqui em diante, as comparações técnicas serão feitas em relação ao iPad 2 e o Galaxy Tab 10,1, já que estes são os modelos concorrentes. Os processadores de ambos são excelentes, ambos com dois núcleos e velocidade de processamento de 1GHz. Na memória RAM, o Tab fica um pouco à frente, com 1GB contra 512MB do iPad 2, ainda que isso não seja perceptível no desempenho do tablet da Apple. Ambos possuem câmeras frontais e traseiras, mas o Tab possui flash.
Tela
O tamanho da tela representa uma boa diferença entre os dois. A tela de 10,1 polegadas do Galaxy é ligeiramente maior que a de 9.7 polegadas do iPad e com uma resolução um pouco maior também (149 contra 132 pixels por polegada). Entretanto, a principal diferença está no formato da tela. Apesar do tamanho e resolução serem muito parecidas, o tela do Tab é maior em comprimento do que em largura, quando em comparação com o iPad. Assim, ele proporciona uma ótima usabilidade na horizontal, mas na vertical ele fica um pouco estreito e quem ganha é o iPad.
Mas afinal, iPad ou Galaxy Tab?
A decisão final fica para cada um, claro. Os dois sistemas possuem pontos fortes e pontos fracos, os hardwares são parecidos até certo ponto.
Há quem prefira ter suporte à tecnologia Adobe Flash em seu dispositivo. O Adobe Flash (que não tem relação com a luz de flash fotográfico) permite conteúdo rico em multimídia na web. O iPad não possui suporte a Adobe Flash, então alguns sites simplesmente não funcionam nele. Mas nos Androids o Adobe Flash funciona.
Outras pessoas preferem ter milhares de aplicativos especialmente desenvolvidos para tablets, e não se importam com o Flash. Para eles, a decisão pende para o iPad, que tem (de forma dramática) muito mais aplicativos. Inclusive alguns que contornam a ausência de Flash, como o aplicativo do YouTube.
Além da garantia da qualidade de um produto da Apple e da quantidade de apps, também pode pesar ter uma conexão USB a mais. Fato é que a decisão pouco será por causa de preço, já que os dois estão quase na mesma faixa.
Além de ler bastante e pesquisar na internet por informações sobre os dois gadgets, teste, mexa e brinque com eles. Peça para um amigo, busque aparelhos de demonstração, assista a vídeos demonstrativos, leia resenhas e escolha o de sua preferência.
A ótima notícia é que tanto Galaxy Tab quanto iPad são encontrados facilmente no Brasil pelo Pontofrio.com. São excelentes tablets, seja qual for a sua compra, você não vai se arrepender.