No Imaginário Do Senso Comum As Populações Negras Escravizadas São Vistas Como Destituídas De Uma Voz Própria Que Comunique Sua Perspectiva Sobre A Experiência Da Escravização No Entanto O Que A Historiografia Contemporânea Tem Mostrado É Exatamente O Contrário Um Vasto Se Posicionam Com Relação Ao Papel Da Fé E Da Teologia Cristã E A Discrepância Entre Certos Valores Religiosos E A Prática Das Políticas De Estado Que Visavam A Continuidade Da Escravidão E Aos Discursos Abolicionistas Situando-Os Como Personalidades Atuantes Na Vida Pública E Nos Mais Acalorados Debates Da Época Vozes Afro-Atlânticas Ultrapassa As Barreiras Do Estudo Acadêmico De Fôlego E Alcança Leitores Preocupados Em Aprimorar Sua Reflexão Crítica Sobre Os Processos Históricos Most Conjunto Documental De Relatos Em Primeira Pessoa Produzidos Entre O Fim Do Século Xviii E O Decorrer Do Século Xix Sobretudo Nos Territórios Da América Do Norte Escritos De Próprio Punho Ou Narrados A Transcritores Brancos E Abolicionistas Partindo Dessas Fontes Rafael Domingos Oliveira Propõe Contribuir Para A Construção De Uma Consciência Histórica A Respeito Do Papel Da Escravidão Na Formação Do Mundo Contemporâneo E Assim Redefinir Nosso Olhar Sobre As Autobiografias De Escravizados Em Sua Análise Oliveira Evidencia Os Contextos Sociopolíticos De Produção Dessas Narrativas A Fim De Destacar Suas Especificidades Frente A Outros Tipos De Documentos Produzidos Nos Períodos Estudados Exemplo Desse Aspecto