Violande e o andante

Num tempo em que os sertões ecoavam as sagas dos amores interditos e dos sonhos desfeitos, conta-se este causo de uma moça de família abastada chamada Violande e de um misterioso cavaleiro de nome Dimas. Vindo de terras incertas, o andante conserva em si o compromisso com a independência da colônia a partir de Minas e a emancipação de seu povo. Ao ter seu destino cruzado com o de Violande, ele descobre que o amor também é um ideal pelo qual se deve combater bravamente. O forasteiro inicia, então, uma rota penosa pelas trilhas do sertão com o intuito de lutar contra as convenções que ameaçam separá-lo de sua amada, que, ao longo da jornada, se converte de moça prendada em uma mulher revolucionária. Neste épico regionalista, Luiz Henrique Silva contribui com o legado de João Guimarães Rosa e José Lins do Rego ao transformar o sertão em personagem principal da história. Por meio do poder da oralidade, o autor constrói uma narrativa que enaltece as raízes da cultura brasileira, a força do amor e a luta pela liberdade.