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Verdade E Um Pouco Mais, A

(Cód. Item 1575339275)

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Esta é uma peça para se observar atentamente a relação entre o mar do sentimento e o vento da estética. Que maré de delicado suspense a autora nos oferece! A onda formada pelo atrito entre a memória de Vana e das atrizes colaboradoras e a percepção sagaz que ela tem do que seja a arte de contar histórias por meio do teatro nos dá uma boa jornada sobre o que seja ser mulher. A verdade é que vivemos, desde meninas, com medo. De assédio moral e sexual nas mais diversas instâncias. O estupro conjugal ainda passa despercebido pelas camas dos lares das pessoas de bem . Mulheres transam com seus maridos por assédio, por pena, por obrigação, por autocomiseração ou pela ameaça de perder um teto sob o qual criar os filhos. Filhas continuam se sentindo com a obrigação cumprida Vana, essa fala acabou comigo depois de suportar uma sessão de tortura ministrada pelo querido papai. A questão que Vana capitaneia nessa dramaturgia parece ser como reconstruir a memória quando ela teve que ser soterrada por uma questão de sobrevivência. É sabido que a principal função fisioquímica da memória é o esquecimento, pois não suportaríamos levantar da cama todos os dias se tivéssemos a lembrança de todos os nossos traumas. Então, como validar a sensação de que seu pai, tio ou primo é um perigo para você, para sua mãe, irmãs e para todas as mulheres a sua volta, se você não sabe ao certo se tem um real motivo ou uma fantasia edípica? Como sobreviver a essa dúvida que, suponho, quase todas as mulheres têm? Cogitar a hipótese de um abuso esquecido é o suficiente? Porque se for ao menos um bom caminho, aí entra uma questão do teatro ancestral: a cena como cura. Para seu ritual cênico de cura, Vana parece usar habilmente as varetas de armar o suspense para, por meio de um jogo de investigação cênica, indagar. Como saber se meu pai abusou de mim? O que ele matou em minha mãe que a levou à morte? Como se articula o segredo dos homens com a complacência das mulheres no ambiente familiar patriarcal? É sensacional essa articulação entre as duas investigações. Evoé, querida Vana! É um bem ser sua contemporânea no ofício justamente nesses tempos tão difíceis de narrar. A sua escrita ilumina a minha. As nossas escritas fêmeas Shu, Silvinha, Grace, Jana, Klimeck, Renatinha, Ave, Julia, Bianchi, Dione e tantas outras do Brasil, Século xxi se iluminam mutuamente. Vamos navegar! Marcia Zanelatto
Marca: Não Informado

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