Utopia (2504)

Minutos depois da meia noite do dia 24 de abril de 1974, a Rádio Renascença, de Lisboa, tocou a canção Grândola, Vila Morena. Foi a senha para que o movimento de capitães contra a guerra colonial desse início ao pronunciamento militar que abriria as portas à mais profunda revolução social da Europa do pós-guerra até hoje. Pegas de surpresa, o aparato policial e as instituições burguesas perderam o controle e Portugal se tornou a terra da Utopia, inspirando movimentos de libertação em todo o mundo, inclusive no Brasil. Esta é a história da Revolução dos Cravos contada a partir da perspectiva de José, um homem do povo. Frases: Alguém disse que a ficção é muito mais interessante do que a realidade. Nas revoluções é o contrário, a realidade ultrapassa a nossa imaginação. A força coletiva de milhões de pessoas em movimento pela transformação das suas próprias vidas é um poderoso dínamo de imaginação criativa e pensamento crítico, a desenhar soluções de futuro para a organização das sociedades humanas Raquel Varela Nos 50 anos da Revolução dos Cravos, a historiadora Raquel Varela e o ilustrador Robson Vilalba nos oferecem um relato fascinante da maior experiência revolucionária europeia na segunda metade do século XX. Em 1974-1975, Portugal, amordaçado por uma ditadura fascista durante 40 anos, se transformou num país efervescente e criativo, onde milhões de pessoas participavam ativamente da criação de outra forma de vida, democrática e livre. A contrarrevolução que se seguiu não logrou apagar da nossa memória que o sonho sempre pode virar realidade, e que somos nós quem, aqui e agora, traçamos os rumos da história Isabel Loureiro Sobre os autores: Raquel Varela, historiadora, professora universitária da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e pesquisadora (HCT, polo FCSH), é autora de A História do PCP na Revolução dos Cravos (2011), História do Povo na Revolução Portuguesa (2014), Breve História da Europa (2018) e Brev