Deixemos como pressuposto inquestionável que não houve apenas uma troca de governo com o golpe de 2016, substituindo-se uma presidenta e sua equipe por outro presidente e outra equipe, com orientação diversa e com um projeto de país recusado pelas urnas. Houve mais do que isso: houve uma mudança de regime, pois a ninguém resta dúvida de que passamos a viver sob uma ditadura de nova face, conduzida pelo judiciário e garantida pela mídia tradicional. Esta nova forma de condução ditatorial, elaborada pelos interesses econômicos e geopolíticos imperiais, atende a objetivos bem concretos: a energia, a água e os minerais. Assim, a orquestração do golpe que nos atingiu vem sendo composta à distância, no tempo e no espaço. A execução deixada a cargo de atores bem preparados (como é o caso de Moro e seus procuradores e delegados, instruídos diretamente na sede do império), ou mal preparados e incompetentes (como nos casos de Eduardo Cunha, Rodrigo Maia e Michel Temer) ou ao discurso da subordinação voluntária ao capital de que recebe suas sobras (como é o caso da mídia tradicional como as redes de tv aberta, os jornais de grande circulação e as revistas formadoras de opinião). Marca: PEDRO E JOAO EDITORES **