Walter Trinca Lançou-Se, Há Muitos Anos, Numa Viagem Apaixonante Que Parece Aproximá-Lo, Ao Longo De Seus Textos, Cada Vez Mais Da Experiência Da Imaterialidade. Uma Experiência Que Se Manifesta Sob A Influência Da Mobilidade Psíquica E Num Estado De Expansão Da Consciência.O Contato Com O Ser Profundo Da Pessoa É Tão Elevado Que O Espaço Mental Se Vê Liberado Dos Excessos De Sensorialidade E Da Fragilidade Que Podem Perturbar Seus Mundos Interno E Externo. Nada, Ou Quase Nada, Aprisiona A Mente. Predomina A Influência Do Ser Interior Sobre O Self, Duas Noções Caras Ao Autor E À Elaboração De Seu Modelo De Psicanálise Compreensiva. Enquanto O Ser Interior Representa O Que Define A Pessoa, O Que Ela É Intrinsecamente, O Self É, Por Natureza, Um Campo De Forças E De Conflitos, Uma Instância Composta De Várias Partes E Constituintes. Para Apreender A Imaterialidade, É Preciso Depurar As Condições Mentais E Estar Aberto À Abordagem E À Recepção Dos Fatos.No Contexto Da Psicanálise, Campo De Ação Privilegiado Do Autor, A Experiência De Imaterialidade Permite Entender Melhor O Universo Mental, Sendo A Psicanálise Um Recurso Que Facilita A Emergência Do Que É Natural. Por Fim, A Imagem Do Mundo Apresentada Neste Livro É Uma Imagem Que Começou A Ser Construída Há Milhares De Anos E Que Encontra Toda Sua Força E Vigor Nas Artes Em Geral. Não A Realidade Dominada Pelas Contradições E Lutas, Puramente Sensorial, Mas Aquela Em Que O Contato Da Pessoa Com O Seu Ser Profundo Constitui Uma Base Sólida, Aquela Que Existe Do Ponto De Vista Da Realidade Imaterial.Pascal Reuillardpsicólogo E Psicoterapeuta De Formação Francesa