A poeta Alice Monteiro traz em sua poesia um lirismo do qual nós, brasileiros, andamos afastados e esquecidos. E falo mesmo no plural: nós, os cidadãos comuns (e mesmo muitos artistas), que estamos tão ensimesmados, embrutecidos e intolerantes com as diferenças. Esse mesmo lirismo que a poeta já mostrava como uma escolha estilística em seu livro de estreia, Estelar (Ibis Libris, 2009). E neste Ultramar e outros mares, seu segundo livro de poesia, ela mostra que esse lirismo é mais do que uma escolha: é sua dicção poética. Prefácio de Christovam de Chevalier.