(...) De Que Forma O Mandato Da Diferença Sexual, Presente Na Construção Dos Conhecimentos Médicos E Psicanalíticos Sobre A Histeria, Se Atualiza Nos Modos Contemporâneos De Tratamento Da Aflição O Que Temos Percebido Em Pesquisas Etnográficas E Interdisciplinares É Que Os Discursos Da Diferença De Gênero, Mesmo Não Sendo Em Muitos Momentos Explicitados De Forma Clara, Constituem E Ditam Práticas De Profissionais E Agentes Do Estado Nas Áreas De Saúde Em Geral, De Saúde Da Mulher E De Saúde Mental. Dois Conceitos Têm Operado Nesses Dispositivos, De Forma Articulada Ou Não. O Primeiro É O Conceito De Ciclo De Vida Da Mulher Como Parâmetro Para Pensar Sua Maior Ou Menor Vulnerabilidade Para A Vivência De Problemas Ou Distúrbios De Ordem Psicológica Ou Mental. (...) O Outro Conceito Que Opera, Mais Ligado Aos Saberes E Culturas Psi Contemporâneos, É O De Subjetividade Feminina, Largamente Utilizado Em Discursos Dos Mais Diversos, Do Campo Das Psicologias Ao Feminismo. Seu Fundamento É, A Partir De Uma Substantivação Do Que Seja A Própria Ideia De Subjetividade, Qualificar O Que Seriam Os Sujeitos Femininos, Vistos Assim Como Detentores De Um Modo Específico E Intrínseco De Subjetividade. Falar Dessa Maneira Em Subjetividade Feminina Acaba Mais Uma Vez Reforçando Os Regimes Da Diferença, Naturalizando Processos Que São Construídos Histórica E Politicamente.(...) Marca: Não Informado