A presente coletânea, organizada pelos professores e pesquisadores Rodrigo Castelo e Fernando Correia Prado, disponibiliza ao público brasileiro a contribuição fundamental de Ruy Mauro Marini, divulgando muitos de seus escritos até então inéditos em português e alguns deles fora de circulação há algum tempo. Tal iniciativa, a cargo da Expressão Popular e Editora da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Edunila), tem como principal objetivo manter vivo o legado teórico e político de Ruy Mauro Marini, figura incontornável do marxismo no século XX, e conta com o apoio das seções sindicais Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Asduerj), Associação dos Docentes da Universidade Federal de Ouro Preto (Adufop), Associação dos Docentes da Universidade Federal de Uberlândia (Adufu), Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua), Associação dos Docentes da Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri (Adufvjm), Associação dos Docentes da Universidade Federal Fluminense (Aduff), Associação dos Docentes do campus avançado de Jataí (AdCAj), Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual de Maringá (Sesduem), Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do estado do Ceará (Adufc) do Andes-SN. Como afirma a professora Marcela Soares, que assina a orelha: “Marini, no conjunto desta coletânea, ressalta os caminhos democráticos na direção da luta por soberania, autodeterminação e libertação da dependência para atender as necessidades dos povos latino-americanos. Porém, enfatiza que a emancipação está umbilicalmente conectada à disputa classista para destruir a sociabilidade capitalista e garantir a manutenção dos meios de vida para a humanidade. […] Aqui temos a leitura da totalidade da sociabilidade capitalista e a crítica radical ao caráter de classe do Estado. Marini sublinha o perigo da submersão em críticas abstratas, como ocorrera na tormenta do enfrentamento ao autoritarismo do bloco burguês-militar brasileiro. Uma excelente lição para não velejarmos, permanentemente, em aliança com setores burgueses ‘progressistas’ ou numa rota de um ’reformismo de esquerda’.”
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