Rompendo silêncios - o encarceramento de mulheres em Alagoas

O tema abordado tem grande relevância para a Criminologia e o Direito Penal contemporâneos, sobretudo porque analisa, de forma aprofundada, a relação entre o encarceramento feminino, crescente no Brasil, e a política de drogas adotada, principal responsável pelo expressivo número de mulheres encarceradas nas últimas décadas. A pesquisa está fundamentada em referencial teórico sólido e atualizado, na interface da Criminologia, da Sociologia Criminal e do Direito Penal, com amparo em epistemologias feministas que rompem com a universalidade na produção do conhecimento, para encontrar nas experiências históricas das mulheres as razões pelas quais o sistema de justiça criminal se volta para o controle de corpos, reproduzindo o controle exercido sobre corpos femininos na esfera privada. Para tanto, Nathália aprofunda a discussão em torno da história das mulheres e da história das prisões femininas, localizando nas estruturas do poder patriarcal as ferramentas opressoras que se amparam em silêncio e mito como mecanismos que forjam as práticas punitivas, sobretudo voltadas às mulheres negras, as quais compõem a maior parte da população carcerária feminina. Trecho da apresentação de Elaine Pimentel