Nós resistimos porque a nossa missão, enquanto indígenas, é lutar pela defesa do planeta. A terra e a família são nossos grandes desafios. Mantê-los íntegros é a nossa missão. Então, digo: a literatura indígena surge nesse contexto como gritos vindos do fundo de uma caverna — um berro em forma de manifestação, pedindo socorro para ser ouvido, porque temos muito a contar. Assim é a voz de Juvenal Payayá, como são as vozes de todos os escritores e escritoras originários. Leiamos Retorno para a caverna: este livro é um testemunho secular de gerações que, antes livres, tiveram suas vozes estranguladas na caverna da opressão.