A proposta de realização de um mapeamento de "terreiros" no Rio de Janeiro foi apresentada à PUC-Rio em 2006 pela Yalorixá Mãe Beata de Iyemonjá, principal liderança religiosa do Ilê Omi Ojuarô. Naquela ocasião, já se reconhecia a intolerância religiosa professada por algumas igrejas neopentecostais, e expressamente dirigida contra as casas de religiões de matrizes africanas e seus adeptos, com matizes de perseguição sociopolítica. Um projeto de mapeamento como o sugerido por Mãe Beata mostrou-se, então, como uma oportuna pauta de pesquisa e extensão, que cumpriria duas funções: oferecer uma resposta a uma demanda nascida dos movimentos sociais, e desenvolver uma forma inovadora de tratamento da questão do racismo e suas práticas.