O Sentido Da Sexualidade Humana

O Assunto sobre sexualidade humana é complexo e requer uma abordagem fiel à dignidade da pessoa. Neste contexto social da cultura da morte em que se procura reduzir a pessoa a objeto e, assim, desumanizar a sexualidade, esta obra, busca resgatar, por meio de Karol Wojtyla e Viktor Frankl, uma visão integrada do ser humano regatando sua dignidade e o verdadeiro sentido da sexualidade. A sexualidade deve ser orientada, elevada e integrada pelo amor, que é o único a tornála verdadeiramente humana. Segundo Wojtyla, quando falta o sentido e o significado do dom na sexualidade, acontece uma civilização das coisas e não das pessoas; uma civilização onde as pessoas se usam como se usam as coisas. A sexualidade humana é um componente fundamental da personalidade, um modo de ser, de se manifestar, de se comunicar com os outros, de sentir, de expressar e de viver o amor humano. Esta capacidade de amor como dom de si tem, por isso, uma sua encarnação no caráter esponsal do corpo, no qual se inscreve a masculinidade e a feminilidade da pessoa. Só a pessoa pode amar e só a pessoa pode ser amada. Esta é uma afirmação, em primeiro lugar, de natureza ontológica, da qual emerge depois uma afirmação de natureza ética. O amor é uma exigência ontológica e ética da pessoa. A pessoa deve ser amada, pois só o amor corresponde àquilo que é a pessoa. Portanto, não é possível acessar o verdadeiro significado da sexualidade humana desvinculandoa desta vocação fundamental ao amor. A pessoa é em sua constituição chamada ao amor e para o amor comunhão. Sendo única e irrepetível, não pode se encontrar, se descobrir e se conhecer plenamente senão no dom sincero de si mesma. Em outras palavras, o homem e a mulher não podem se realizar enquanto pessoa reservandose de maneira egoísta, ao contrário, gastandose por alguém descobre de maneira profunda a finalidade do próprio existir.
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