Em O índio no cinema brasileiro e o espelho recente, Juliano aborda a representação de personagens indígenas no cinema ficcional brasileiro, fornecendo de um levantamento dos filmes que apresentam tais personagens. Esse levantamento começa em 1911, quando Juliano identifica o primeiro filme de ficção com personagens indígenas, atravessando as décadas até chegar aos anos 2000. Além da significativa contribuição para a conservação da história do nosso cinema, O índio no cinema brasileiro e o espelho recente traz às leitoras e leitores a importante reflexão sobre o impacto cultural das representações ficcionais sobre a existência real dos povos indígenas ao discutir como o cinema ficcional produz, reproduz e contraria os estereótipos constituídos acerca dos indígenas, que permeiam o imaginário da cultura brasileira. É por isso que o autor faz uma diferenciação entre os termos índio e indígena: enquanto o primeiro se refere à imagem ficcional estereotipada, o segundo é utilizado para se referir aos indígenas reais que, sem sombra de dúvida, têm suas vidas e culturas impactadas pelas imagens veiculadas pela cultura hegemônica. Marca: Monstro dos Mares