Apesar da grande popularidade do desenvolvimento sustentável e de muitas pessoas estarem convencidas da existência de problemas ambientais reais e globais, as mudanças fundamentais das políticas atuais ainda seguem em evidente contradição com a maioria das experiências cotidianas. Partindo da análise da teoria econômica, o autor parte da importância do autointeresse sob tal arcabouço para mostrar que a crise ambiental é expressão de uma crise de maiores proporções e que envolve também questões relacionadas a liberdade e outros anseios do ser humano, que são traduzidos em forma de consumo exacerbado e individualismo planejado que conduz às mazelas globais. O autointeresse de curto prazo é também um importante impulsor das políticas de crescimento econômico, que não entendem o caráter finito dos recursos naturais. De acordo com o autor de “O Capital Suicida”, os problemas enfrentados na atualidade (desigualdade de renda e crise ambiental, principalmente) continuam a ser tratados como se não tivessem relações entre si, e cada ramo da ciência busca uma solução ideal dentro das suas próprias delimitações. Para ele, existem caminhos para conter o avanço da destruição ambiental e reverter esse quadro, mas eles passam necessariamente por um maior esclarecimento dos indivíduos e, principalmente, por uma revalorização da cooperação social, superando o instituto da competição tão propalado pelo modo de crescimento econômico vigente Ean: 9788567962139