Em mundo confuso, multifacetado e materialista, as condições da existência humana convergem necessariamente para obtenção de bens de consumo através de constante disputa entre os indivíduos, assumindo a emulação contornos indissociáveis à própria vida. Os relacionamentos virtuais surgem triunfantemente como retrato de pretensa modernidade em sistema que reproduz comportamento estereotipado e retrógrado. Para sanar o problema, o próprio sistema se encarrega de criar mecanismos visando suprir as dificuldades de relacionamentos pessoais, impondo conceitos mercantilistas na utilização de endereços eletrônicos ao estimular a venda de produtos e valorização pessoal. Desse modo, indivíduos anônimos buscam nas redes sociais um instante de glória, fugidia, mas intensa, para que seus nomes em concepção meramente individualista e ilusória sejam perpetuados na história, deixando um legado para seus sucessores. Não percebem a armadilha que lhes é imposta pela própria estrutura eletrônica, que desconhece conceitos morais, vinculados ao espírito e sentimentos humanos. Marca: Não Informado