Luciana Franco, em sua saborosa e trágica narrativa A Mulher de 60 anos, recupera a memória da sociedade belo-horizontina nos anos 1950 e 1960, expondo a caretice, a falsa religiosidade, o relacionamento fracassado dentro e fora da família tradicional mineira, a liberdade masculina frente ao cerceamento da feminina, o desespero de muitas mulheres presas ao circulo domestico, o machismo arraigado, os desatinos, as comidas, as expectativas, as míopes esperanças. Um belo garimpo.