As ideias aqui apresentadas, somadas ao ensaio fotográfico de Eder Furtado, apontam para uma relação entre o ambiente natural e as tradições culturais que permeiam o espaço cemiterial, expondo conexões entre o ambiente, a memória e a identidade local. A complexidade da temática, também exige abordagens multidisciplinares e multifacetadas, sempre no interesse de dar conta de uma visão que atravesse as fronteiras tradicionais do conhecimento, sobretudo ao se tratar da extinção da vida. Ao desvelar as dimensões da morte e do morrer em Afuá, destacase neste ensaio o que está fisicalizado na paisagem como também o que oferece o imaginário urbano. Acredito assim, ser possível explorar elementos concretos e exemplos incorpóreos para referenciar a memória da finitude. Essas evocações fortalecem a construção das subjetividades populares, assim como a materialidade do ambiente dos mortos. Portanto, essa é a matériaprima que constitui este ensaio.