Uma narrativa carregada de tempo, de memórias sobre os ombros, corpos enferrujados com cheiro de maresia, um testemunho de histórias de lembranças incertas. O romance Meu velho guerrilheiro conta a história de um escritor autoexilado no estrangeiro que retorna à cidade natal (Olinda), a pedido da mãe, para tentar demover o pai da ideia de matar o presidente, que assumiu o poder após um golpe. Álvaro Filho nos ensina que é preciso silêncio para ouvir o vento, tempo para entender a afetividade de lugares e coisas, calma para engolir desconfortos, e sabedoria para compreender nossa ancestralidade. Meu velho guerrilheiro é como um sólido recife que se desmancha no ar e o vento a varrer carne, osso, sangue, papel e tinta.