Definido como o nascimento da psicanálise moderna por André Haynal, este pequeno livro, publicado pela primeira vez em 1924, promoveu um verdadeiro abalo no movimento psicanalítico. Inicialmente, Freud chegou a considerá-lo uma intervenção revigorante que possivelmente precipitará mudanças em nossos hábitos analíticos atuais . No entanto, tais mudanças, desencadeadas pelas ideias inovadoras de seus autores, levariam muitas décadas para ser incorporadas pela teoria e técnica psicanalíticas. Ao valorizar aspectos emocionais da experiência em detrimento de uma perspectiva intelectual, a prática clínica passa a encontrar, aqui, um novo centro na concepção de vivência como forma de rememoração. Neste esforço conjunto de dois dos mais importantes psicanalistas de seu tempo, Sándor Ferenczi e Otto Rank, encontramos uma reflexão profunda sobre as abstrações da metapsicologia e seu enraizamento na situação clínica; uma reflexão ainda hoje fecunda e expressiva. Como afirma Denise Salomão Goldfajn no texto de orelha, este livro permite observar "o nascimento de ideias e controvérsias que continuaram a ocupar autores posteriores como Michael Balint, Melanie Klein, Donald W. Winnicott, Harold F. Searles, Wilfred Bion e Jacques Lacan: o nascimento das relações de objeto, o papel da regressão, o tato, as resistências do analista, a dinâmica da contratransferência, a análise leiga, os riscos inerentes à análise didática, as continuidades e descontinuidades entre a vida uterina e o desenvolvimento infantil; ideias e críticas que permaneceram influenciando novas gerações de psicanalistas e transformaram a prática psicanalítica." Posfácio à edição brasileira: Gustavo Dean-Gomes
Marca: QUINA EDITORA
Ean: 9786599795213