Para situar Meia Ponte no tempo e preservar uma certa coerência de fatos e datas, usei cinco livros como referência. São eles: História de Uberaba, de Dr. José Mendonça, publicado pela Academia de Letras do Triângulo Mineiro em 1974; 1964: Golpe ou contragolpe?, de Hélio Silva e Maria Cecilia R. Carneiro, publicado pela L&PM em 1978; Jornalistas e revolucionários nos tempos da imprensa alternativa, de Bernardo Kucinski, publicado pela editora Scritta em 1991; Brasil: de Getúlio a Castello, de Thomas Skidmore, editora Paz & Terra, 1994; e História do Brasil, de Boris Fausto, publicado pela editora Edusp em 1995. Como fonte de inspiração literária, serviram-me de companhia durante todo o tempo em que me dediquei a Meia Ponte, o Vila dos Confins, de Mário Palmério, e as estórias de Giovannino Guareschi, o criador de Don Camillo e Peppone, pequenas fábulas que desde criança aprendi a admirar pela singela forma de discutir a vida e as sutilezas do espírito humano – ainda que discorde de muitas ideias do autor. Todos os capítulos são feitos acompanhar de uma conversa muito particular entre este que vos escreve e o distinto leitor. Talvez porque nós, mineiros aspirantes a repórteres da emoção, sintamos uma desesperada necessidade de esclarecer a origem do uai. Como se fosse possível explicar o olhar da coruja e o desassossego do Brasil. Marca: ALMA DE GATO