Subcomuns é, antes de qualquer coisa, uma proposição para o agora, mas também é uma percepção poética da realidade, pois, para além de um conceito, requer de quem o lê, ou seja, de quem o faz materializável, o reconhecimento e a admiração pela perspectiva do subterrâneo, do invisível, do entremundo, talvez até do anonimato — na abertura para ritmos estranhos em sua familiaridade excessiva que correm despreocupados com as nossas ideias do próprio e do impróprio, com a ordem sensível que tentamos lhes impor. Sem isso, não é possível se encontrar em sintonia com os subcomuns, sem um amadorismo. Como se a sabedoria cosmológica da terra e a sensibilidade “além mundo”, dadas sempre nos deslocamentos poéticos — na perversão improvisada do dado —, fossem uma premissa para que se compreendesse a existência e a força dos subcomuns que nestas linhas se fazem. Marca: GLAC EDITORA