Em Meados Dos Anos 1930 Ludwig Wittgenstein Dispunha De Material Suficiente Para Implementar A Revolução Filosófica Que Passou A Estar Para Sempre Associada Ao Seu Nome Faltava-Lhe Contudo O Formato Adequado Para Expressar As Ideias Em Que Trabalhava Desde Que Passara A Criticar Seu Primeiro Livro O Tractatus Logico-Philosophicus Foram Muitos Os Experimentos Que O Levaram Até O Estilo Único Das Investigações Filosóficas E O Livro Marrom É Um Dos Mais Bem-Sucedidos Deles Aqui Testemunhamos Uma Espantosa Lucidez Marcada Pelo Tenaz Esforço De Dar Forma Clara A Reflexões Que Não Admitem Uma Exposição Teóricao Processo De Composição Do Livro Marrom Indica O Caráter Dialógico Do Pensamento E Do Estilo Maduro Do Filósofo Ao Longo De Seis Meses Entre 1934 E 1935 Ele E Dois De Seus Alunos De Cambridge Alice Ambrose E Francis Skinner Dedicaram-Se A Sessões Diárias Que Chegavam A Durar Oito Horas Nas Quais Wittgenstein Ditava Suas Observações A Seguir Os Alunos Apresentavam Dúvidas Comentários E Questionamentos Que Ocasionavam Revisões E Reescritas Passava-Se Então Ao Próximo Tópico Esses Elos Mais Ou Menos Autossuficientes São Assim Diálogos Internos Mas Que Se Complementam Numa Corrente Que Exibe Unidade Entre Conteúdo E Forma Característica Marcante De Todo O Pensamento Wittgensteinianoa Presente Edição Representa Um Marco Internacional Ela Oferece Ao Público Leitor Brasileiro Aquela Que Se Pode Justamente Considerar A Primeira Versão Completa Do Texto Marca: Não Informado