Neste Linha do Jundu, o autor reafirmando sua linguagem desmistifica as alegorias e os folclorismos que estigmatizam os povos genuínos do litoral sudeste. Para além da paisagem bucólica e edênica que ilustra a narrativa, evidenciam-se as agruras e os percalços da vida, revelados a partir dos sentimentos mais puros e universais dos personagens. À penumbra daquele final de tarde, navegava empoderado, destemido e pertencente, rumo à Prainha e à minha velha casinha, para além da linha do jundu. À minha frente, como guia, nas alturas da serra Atlântica, surgia a primeira estrela e chorei, feliz, por amar, revelando-se ali algo que eu procurava por todos aqueles meses passados em exílio e estudos bíblicos. Era o amor a maior emanação de Deus!