É inverno, e Karl Ove Knausg rd experiencia ao lado da esposa o último semestre da gestação da filha. Assim como em Outono ? mas agora motivado por um clima mais austero e vagaroso ? ele elabora ensaios singulares sobre o mundo que ela irá encontrar ao nascer. Na carta que abre este volume, o destinatário era a filha ainda não nascida do autor. Por quase dois meses, a preparação para a sua chegada era feita através de pequenas mas extraordinárias reflexões sobre a neve, alguns objetos de casa, Natal e Papai Noel, animais, amigos. No meio da escrita do livro, porém, uma surpresa: o nascimento, um mês antes do planejado. Na passagem da filha ainda na barriga para a da criança em seus braços, a percepção de mundo de Karl Ove Knausg rd é aguçada, criando um repertório poético da existência que perpassa temas como limites, hábitos, sexo e o eu , ao mesmo tempo que trata de bichos de pelúcia, cotonetes, fogos de artifício e cadeiras. Aqui, de certa forma, Knausg rd mostra a vida como ela realmente é: mundana e sublime.