Longe De Reduzir O Sonho A Um Simples Produto Do Inconsciente Reprimido Como Nas Leituras Psicanalíticas Clássicas A Autora O Reconhece Como Uma Força De Inteligência Dotada De Uma Lógica Própria De Poder Visionário E Transformador Desde As Primeiras Páginas O Sonho Aparece Como Uma Presença Que Vela Por Nós Que Nos Instrui Na Noite E Que Revela Com Delicadeza E Intensidade Zonas Do Real Ainda Inacessíveis À Consciência Desperta A Obra Conduz O Leitor Por Uma Viagem Entre Filosofia Psicanálise Mitologia História Das Civilizações E Literatura Dufourmantelle Entrelaça Memórias Oníricas Fragmentos Clínicos Referências Culturais E Imagens Poéticas Para Mostrar Que O Sonho Opera Como Uma Força De Conversão Ele Desloca A Temporalidade Desafia Os Limites Da Identidade Propõe Sentidos Novos Para O Que Parecia Opaco Ou Sem Solução Ao Longo Do Livro A Autora Dialoga Com Freud Jung Descartes Nietzsche Wittgenstein Mas Também Com Tradições Esquecidas Ou Marginalizadas O Xamanismo Os Livros Sapienciais Do Egito A Literatura Medieval Os Saberes Indígenas Ela Resgata O Estatuto Sagrado E Político Do Sonho Aquele Que Narra Instrui E Partilha O Sonho Não É Apenas Pessoal Ele Se Inscreve Em Uma Memória Coletiva Inteligência Do Sonho É Uma Meditação Radical Sobre O Que Significa Sonhar Em Um Mundo Que Valoriza Cada Vez Menos O Invisível A Interioridade E O Mistério O Livro Convida A Uma Escuta Atenta Desse Espaço-Tempo Outro Onde O Desejo Se Trama Com Imag