Ao Nos Depararmos Com A História Dos Carrascos Nazistas Ou Com Os Relatos Da Adesão Popular Ao Regime Facínora É Comum Qualificarmos Os Envolvidos Como Perversos Sádicos Anormais Recalcados E Monstruosos Mas Será Que Essas São As Categorias Adequadas Para Descrevêlos É O Que Investiga Contardo Calligaris Neste O Grupo E O Mal Escrito Em 1991 Como Uma Tese De Doutorado Da Universidade Da Provença Em Marselha Na França Este Livro É Agora Traduzido E Editado Postumamente Para O Público No Brasil Após Ter Gerado Intenso Debate E Interesse No Meio Acadêmico Por Meio Da Combinação De Teoria E Prática Clínica O Autor Tenta Descobrir A Razão Pela Qual Aceitamos A Instalação De Atrocidades Em Nosso Cotidiano Sua Tese Traduz A Banalidade Do Mal De Hannah Arendt Para A Linguagem Psicanalítica E Aponta Que A Verdadeira Perversão É Social Não Porque O Indivíduo Encontra Prazer No Sofrimento Alheio Mas Porque De Modo Burocrático Abdica De Sua Personalidade Em Nome Da Paixão Pela Instrumentalidade Isto É Exibe Um Fascínio Por Servir Ao Outro O Gozo Está No Pertencimento Ilusório Que A Tarefa Bem Cumprida Parece Gerar Em Prefácio À Edição Jurandir Freire Costa Afirma Poucas Vezes Na Literatura Psicanalítica Descemos Tão Fundo Nos Desvãos Do Obsceno Desejo De Curvarse A Líderes E Regimes Autoritáriototalitários Com Seu Conhecido Talento Para Construir Linhas De Raciocínio Fascinantes E Seu Desejo De Fomentar O Diálogo Psicanalítico Entre O Público Geral O Au