Goela Azul: Uma Jornada Alucinante Pelas Estradas do Brasil O universo caótico de Goela Azul O livro Goela Azul, de Daniel van der Broocke, transporta o leitor para um Brasil distorcido, onde o caminhoneiro Robélio atravessa paisagens queimadas, devastações ambientais e um submundo de tráfico de madeira ilegal. Com uma narrativa que mistura realismo sujo e delírios psicodélicos, a obra coloca em cena gnomos colonizados, uma paixão insana por uma prostituta e a militância ambiental de Greta Thunberg, que ecoa ao fundo como um grito de resistência. O conflito entre a destruição e a ilusão Robélio, viciado em rebites e álcool, carrega consigo não apenas madeira ilegal, mas também uma crescente paranoia. O leitor é arrastado para o turbilhão de suas visões e dilemas, onde a degradação ambiental se entrelaça com delírios alucinógenos e uma luta interna entre sobrevivência e redenção. A narrativa brinca com fronteiras entre o real e o fantástico, desafiando as certezas do protagonista e do próprio leitor. Por que Goela Azul é uma leitura essencial? A obra questiona o papel do Brasil na exploração da Amazônia e levanta debates cruciais sobre meio ambiente, exploração capitalista e alienação social. Além disso, a linguagem crua e o humor ácido constroem uma crítica feroz ao estado das coisas, sem oferecer saídas fáceis. Com um ritmo acelerado e personagens densos, Goela Azul é uma leitura impactante e necessária. Destaques Uma trama intensa sobre o tráfico de madeira ilegal no Brasil. O embate entre a degradação ambiental e a consciência política. Um protagonista controverso e repleto de contradições. A presença de seres encantados como metáfora para um Brasil esquecido. Um olhar provocativo sobre o negacionismo e a alienação na sociedade contemporânea.