Boas surpresas esperam pelo leitor neste Entre Marte e a morte, livro de estreia de Isabela Johansen. A atmosfera dos anos 70 serve apenas de cenário (de muito bom gosto, por sinal), pois a cultura hippie não basta para dar resposta aos profundos questionamentos existenciais desta autora/personagem, vivendo em uma sociedade que acumula muito mais informações que a daquela época. Parte de sua filosofia de vida lembra ainda o dito de Maiakósvski, melhor morrer de vodca que de tédio , mas o questionamento de Deus passa acima do de Nietzche ( Deus está morto ), já que vivemos tempos mais científicos e tecnológicos, de menor ingerência da religião. O dito atual seria: se Deus me critica, também devo criticá-lo . - Filipe Moreau