Os poemas que compõem Enquanto os Deuses Persistem são palavras de um condenado. Palavras de um condenado a revoltar-se contra o seu caos interno através do verso. Palavras de um condenado à tarefa inglória de colocar a desordem do mundo em estrofes. Palavras de um condenado a recriar-se pelo verbo. Palavras de um condenado à inadequação. Palavras de um condenado a saber que os deuses persistem, julgam, condenam, mas não são capazes de aniquilar a mais bela das transgressões, que é a poesia.