Um poema sempre é uma oportunidade. É sempre uma abertura que tem como efeito nos fazer voltar a ver, sentir e tocar. Em Ecos e Sombras os versos saltam as páginas e alcançam diretamente nossos sentidos. Nos eletrizam e nos convocam a tatear as zonas mais importantes de nossa existência. É no jogo com a poesia/viva que Augusto Cesar da Cruz nos lembra como a vida é permeada de incompletudes e silêncios, de luz e sombra, de um abraço que falta e de uma voz que sempre nos alcança. Se a vida silencia e impõe sentidos, o poeta risca seus versos e nos dá novas formas de seguir. Resistindo.