Não é sobre a prisão. É sobre o que restou de mim enquanto o mundo lá fora seguia em frente. Ecos do Confinamento é uma travessia densa escrita no escuro, muitas vezes da cela, muitas vezes do coração. Durante dezessete meses de reclusão, o autor recolheu fragmentos de si mesmo memória, dor, culpa, perda, silêncio e os transformou em palavras. Não se trata de um relato sobre a prisão física, muito embora o livro tenha sido escrito nela, mas sobre o que o confinamento revela da alma humana quando tudo se quebra e o tempo se torna eco. Escrito com intensidade poética, melancolia e rigor existencial, este livro é feito de pensamentos suspensos, perguntas sem respostas e sentimentos que sobreviveram ao colapso. Cada texto é uma fresta por onde ainda entra luz. Ao lê-lo, é impossível não rever as próprias prisões aquelas que não têm grades, mas, ainda assim, doem.