E se Deus fosse Deusa é dessas histórias deliciosas que a gente pega para ler e quando vê, puf, já está com saudade. Se é uma narrativa fácil? Bom, não sobre coisas fáceis. Sabine traz para nós um cardápio vasto de vivências, de descobertas; pequenos grandes atos de coragem que nos impulsionam, sem muita paciência, e com algumas quedas pelo caminho. O melhor de tudo: levantar a cabeça e ver que alguém estende a mão e um band-aid para curar os arranhões. Essa é a trajetória de Amanda, nossa personagem cativante, que ousou largar a estabilidade chata para viver um amor incompreendido com... a literatura nacional! Sim, leitor! E se você está aqui, lendo este texto, aposto que você também tem um caso de amor, nem que seja ali, como um prazerzinho culpado, aquele que não se admite à luz do dia, com a literatura nacional. Amanda resolveu assumir esse amor; e esse amor a levou para outros lugares, outros amores, inclusive o seu próprio. A jornada da heroína aqui não tem a ver com teorias grandiloquentes, mas se trata de entender e fincar seu lugar no mundo. Com muito humor, uma malemolência na linguagem, bem do subúrbio carioca, Sabine nos apresenta uma fábula urbana e contemporânea que, mais do que dar um recado ou apontar para um didatismo, nos faz sentir, de verdade, o que é contado. E se você, como eu, é do mundo editorial, acho bom se preparar para os momentos é, é isso mesmo! Nossa, com certeza!. É, eu sei. Agora, chega de papo! Abre logo esse livro e boa jornada! Úrsula Antunes
Ean: 9786500351064