Em A negação de Pedro, capítulo 26 do livro Boa Nova, psicografado por Chico Xavier, Humberto de Campos retrata as dádivas generosas de Jesus ao apóstolo Simão Pedro, para que seu espírito pudesse participar das alegrias supremas da redenção. O pescador de Cafarnaum, ignorando que o testemunho seria de sacrifício e extrema abnegação, recebia das mãos abnegadas do Mestre o auxilio para entrar na posse da fortaleza indispensável. Aquele homem ríspido e resoluto, que condenara invariavelmente os transviados da verdade do bem, que nunca conseguira perdoar os caídos, abatidos como uma criança, em face de sua própria falta, experimentando o remorso e a angústia de negar o Mestre, começava a entender a razão de certas experiências dolorosas de seus irmãos em humanidade. Suplicando humildemente o perdão do Messias para sua queda dolorosa, recebeu do seu augusto coração a advertência de que o homem do mundo é mais frágil do que perverso.