Em Dois Irmãos, Milton Hatoum elege a Amazônia como cenário da coexistência de idiomas, de culturas e de tradições. Habitado por imigrantes libaneses, habitantes locais e demais estrangeiros, o universo ficcional do autor destaca-se pela apreensão de um espaço marcado pelo desequilíbrio e pela ruptura, elementos que são privilegiados em sua obra. Tanto o romance quanto a adaptação televisiva contemplam a intertextualidade com narrativas que destacam conflitos familiares, sobretudo entre irmãos. Yaqub e Omar dialogam com outros gêmeos rivais na literatura e, ao contar a história de dois irmãos que são inimigos um do outro, Hatoum faz a releitura de um dos temas mais clássicos da literatura mundial. Assim, ele faz referências aos conflitos entre irmãos observados em alguns mitos gregos, em histórias como a de Caim e Abel, do Velho Testamento, e a de Pedro e Paulo, do romance Esaú e Jacó, de Machado de Assis. Texto de contracapa: Em Dois Irmãos, Milton Hatoum elege a Amazônia como cenário da coexistência de idiomas, de culturas e de tradições. Habitado por imigrantes libaneses, habitantes locais e demais estrangeiros, o universo ficcional do autor destaca-se pela apreensão de um espaço marcado pelo desequilíbrio e pela ruptura, elementos que são privilegiados em sua obra. Tanto o romance quanto a adaptação televisiva contemplam a intertextualidade com narrativas que destacam conflitos familiares, sobretudo entre irmãos. Yaqub e Omar dialogam com outros gêmeos rivais na literatura e, ao contar a história de dois irmãos que são inimigos um do outro, Hatoum faz a releitura de um dos temas mais clássicos da literatura mundial. Assim, ele faz referências aos conflitos entre irmãos observados em alguns mitos gregos, em histórias como a de Caim e Abel, do Velho Testamento, e a de Pedro e Paulo, do romance Esaú e Jacó, de Machado de Assis.