Neste Novo Livro, O Ensaísta E Filósofo Eduardo Jardim Parte Da Ideia De Que Toda Experiência, Para Ter Seu Acabamento, Precisa Ser Narrada. Partindo Desse Pressuposto, O Autor Investiga A Viagem Do Vírus Hiv Desde Seu Surgimento, Na África - Há Quase Cem Anos -, Até Sua Chegada Ao Brasil, Acompanhando Suas Repercussões Em Todo O Mundo. Como Eduardo Observa, Muito Cedo, Escritores, Cineastas E Artistas Se Interessaram Pela Aids, Tomando-A Como Tema Ou Como Inspiração. Assim, Nesse Percurso, A Doença E O Tempo Analisa As Manifestações Sociais, Políticas E Culturais Desencadeadas Pelo Surgimento Da Doença, Examinando Ainda O Estigma E A Discriminação Que Chegaram Juntamente Com Conceitos Como Grupo De Risco. A Angústia É Um Sentimento Difuso, Que Tem A Ver Com A Perda De Orientação Do Mundo. Pode-Se Evitar, Resistir Ou Aniquilar Aquilo Que Provoca Medo. Isso Não É Possível Com A Angústia. Pode-Se Tentar Transformar A Angústia Em Medo E, Assim, Pretender Ter Forças Para Liquidá-La. Foi O Que Aconteceu No Caso De Muitas Reações À Aids, Que Foram Tentativas De Circunscrever O Problema A Contextos Definidos. Em Diálogo Com Obras E Autores Que Trataram Do Tema, Como Susan Sontag, E Mobilizando Para A Reflexão Escritores Como Joseph Conrad E Octavio Paz, O Livro Analisa, De Forma Lúcida E Sensível, Como A Aids Alterou A Nossa Perspectiva Sobre Inúmeras Dimensões Da Experiência Humana E Sobre O Próprio Tempo.