Os autores dos trabalhos aqui publicados, convocados com a finalidade de contribuir para a compreensão do que ainda nos é tão contemporâneo e doloroso, desenvolvem suas intervenções seguindo vários eixos temáticos: verdade e farsa, memória e esquecimento, lei e estado de exceção, punição e impunidade. Procurando aprofundar o diálogo entre psicanálise e política, exploram as ligações possíveis entre o mito freudiano de uma proto-história de dominação e crueldade, que se repete nos período de opressão, e os importantes trabalhos sobre o estado de exceção, constituindo-se em paradigma do estado moderno. (...) O que a psicanálise tem a a dizer nos servem então, não só para compreender o passado, mas para pensar também o presente e o futuro de nossa democracia. (Mario Pablo Fuks)