As Crônicas De Clarice Lispector Publicadas No Jornal Do Brasil De 1967 A 1973 Nos Permitem Compreender Melhor A Escritura Desta Que Se Consagrou Como Uma Das Maiores Escritoras Do Brasil Se Nos Contos E Romances O Mistério De Uma Narrativa Envolve O Leitor Num Processo Quase Que Iniciático Nas Crônicas Esse Mistério Vai Aos Poucos Sendo Desvendado Revelando O Mundo Pessoal E Subjetivo Da Autora Enigmática Que Viveu No Leme Próximo Às Areias E Ao Mar De Copacabana Que Tanto ApreciavaAo Aceitar O Convite Do Jb Para Escrever Uma Coluna Aos Sábados Clarice Lispector Sente A Estranheza Entre Ser Escritora E Jornalista Na Literatura De Livros Permaneço Anônima E Discreta Nesta Coluna Estou De Algum Modo Me Dando A Conhecer Comenta Na Crônica De 21 De Setembro De 1968Gênero Leve Ameno De Leitura Mais Fácil A Crônica Traz Quase Sempre A Interpretação De Um Fato Conhecido Por Todos Investido Pela Subjetividade De Quem Comenta O Assunto Dando Um Sabor Novo Ao Acontecido Com A Sua Despretensão A Crônica Quebra O Monumental O Extraordinário Celebrando O Cotidiano O Dia A Dia E Mostra Belezas Insuspeitáveis Através Da Argúcia Da Graça Do Humor De Quem A Escreve A Informalidade Investe De Leveza Uma Linguagem Cuja Densidade Busca Revelar O Segredo Das Coisas Mais Simples O Cotidiano Transfigurado Pelo Olhar De Clarice Que Redescobre Nas Macabéas De Todo Dia A Luminosidade De Uma Presença Estelar Entre Flanelas E Vassouras Mulheres Simples E Humildes Se