A obra Coronéis, Macacos e Cangaceiros, de Helcimar Barbosa Palhano, traz em seu bojo a proposta de uma reconstrução no cerne da sociedade do sertão nordestino, no início da década de 1940, após a morte de figuras reais e lendárias como Lampião e Maria Bonita, Corisco e Dadá. Foi uma época de muita luta pelo poder e conflitos sociais em que as mulheres eram condenadas à vida de parideiras como porcas e vacas, mulheres a limpar as botas de seus homens, a cuidar das crianças e permanecer a maior parte de seus tempos com o umbigo à beira do fogão de lenha, uma época em que o patriarcado e o machismo subjugavam as mulheres a uma condição miserável de vida.