O baiano comunista, de pai italiano e mãe haussá, Carlos Marighella, aos 23 anos, abandonou a universidade para assumir a imprensa e a divulgação do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tornando-se um dos seus mais importantes dirigentes. Pouco antes de completar 58 anos e filho de Oxóssi, após romper com o partido e sendo comandante da Aliança Libertadora Nacional (ALN), foi covardemente assassinado numa emboscada da repressão política. Sua poesia na juventude, bem-humorada e rebelde, já revelava sua ternura e ira, e foi por meio de sua intensa militância, dos textos para jornais, revistas, teses partidárias e dos seus livros presentes na história nacional e internacional, que ficou na memória do povo brasileiro. Escrever sobre quem tanto já foi publicado, além de sua magnífica biografia escrita por Mário Magalhães, é uma ousada necessidade de reverberar a luta dos revolucionários executados pelo terrorismo de Estado. Contudo, este 5° volume da Coleção Ponto Final, além de pontuar sua inigualável trajetória, retira das sombras um possível e misterioso encontro com Che Guevara, outro homem-mito.