Os poemas de Cruz e Sousa são marcados pela musicalidade, pelo individualismo, pelo sensualismo, às vezes pelo desespero, às vezes pelo apaziguamento, além de uma obsessão pela cor branca. É certo que se encontram inúmeras referências à cor branca, assim como à transparência, à translucidez, à nebulosidade e aos brilhos, e a muitas outras cores, todas sempre presentes em seus versos. Embora conserve várias peculiaridades do parnasianismo, como a estrutura dos versos, o uso do soneto, o preciosismo do vocabulário, a poesia simbolista vai, no entanto, além. Há uma busca de uma linguagem mais rica, de palavras novas, de novos ritmos associados aos da linguagem musical, incluindo aí os ecos e as assonâncias.