O mito feminino da mancha de batom vermelho marca a noite de boemia e transcende o cálice de vinho onde asas/ ensolaradas/ refletem/ nas janelas/ as cores/ de um arco-íris. Assim, como no verso que deflagra, provoca e irrompe, Jorge Amâncio registra e enaltece a luta e a contradição do coração do poeta com suas paixões avassaladoras pelos caminhos sutis da vida. Perpassando pelos poemas dos amores e desenlaces sentimentais e por outrora noite etílica do poeta, relembramos que em Soneto de Orfeu, Vinicius de Morais ensina que são demais os perigos dessa vida/ para quem tem paixão, principalmente. A marca de Batom d'Amor e Morte sublima a lua e o universo das mulheres que o poeta acalantou e procurou desvendar com palavras por dizer. Um batom/ mancha a boca/ no gosto ardente/ de um beijo. A poesia além do delírio gera gentileza e encanto. Salve Jorge. José Edson dos Santos. Marca: Não Informado