A Narrativa De Jean-Claude Bernardet Concentra-Se Nos Momentos Decisivos Da Infância E Da Juventude De Um Rapaz. O Protagonista Examina E Reconstrói A Própria História Num Jogo De Confissões E Silêncios, Oscilando Entre Se Entregar E Se Preservar. Narrada Em Primeira Pessoa, A História Evolui Com Simplicidade, Como Se O Narrador Se Pusesse A Relembrar A Infância E A Juventude De Um Só Fôlego, Deixando A Memória Aflorar Livremente. Aos Poucos, As Artimanhas Do Texto - Como A Ironia Sutil E As Imagens Poderosas - Ganham Evidência. O Texto Procura Rever Os Lances Principais Da Educação Afetiva Do Menino Que, Desde Cedo, Debatia-Se Contra Condutas Familiares E Normas Sociais. Ao Final, As Ressonâncias Da Identidade Do Rapaz, Resultam Numa Ficção Autobiográfica Libertadora E Vigorosa.