A Causa É Geralmente Entendida: É O Amor Ou A Justiça, Mas Não O Amor E A Justiça. Em Linguagem Corrente, E Até Mesmo A Um Nível Superior De Reflexão, A Fortiori Quando Os Dois Conceitos São Apresentados Como Estando Em Conflito, Não Há, Não Pode Haver, Pontes Entre A Prática Individual Do Amor Ao Próximo E A Prática Coletiva Da Justiça Que Estabelece A Igualdade E Equidade. Favoreça-Se Um Ou Outro, A Ênfase Incide Na Desproporção Entre Amor E Justiça. Qualquer Pensamento De Paul Ricoeur Tende A Demonstrar A Proporção, As Ligações, A Dialética Profunda, A Tensão Viva E Fecunda Entre Amor E Justiça Que Emerge No Momento Da Ação, E Que Ambos Reivindicam. Ambos Estão Contidos Numa Economia Da Dádiva, Que Excede A Ética De Que Se Pretendem As Figuras E Pela Qual Se Sentem Responsáveis. A Lógica Da Superabundância Está Constantemente A Desafiar, Sem Nunca Se Ter Tornado Menos Necessária, Uma Lógica De Equivalência.