O uso de substânciasa partir do séc. XIX passou a ser encarado como problema socialdestacandose do seu caráter periculosoassociado àquilo que muitos especialistas chamam de vícioo qualdiante da visão moralista e dos bons costumespode desencaminhar a família e a sociedadelevando as autoridades a investirem no propósito de combate ao inimigo comum partir da década de 1920: as Drogas. O crescente avanço de preocupações (moralistas) com as famílias especialmente as mais vulneráveis (pobres e periféricas) justificase socialmente pelo fato de que ela é tida como principal esfera de formaçãode socialização e de sustento dos indivíduos eportantonão pode ser desencaminhada de tal missãolevando o Estado a investir em ações proibitivas e criminalizaçãodeclarando guerra às drogas. A famíliadesde a década de 1970no Brasilvem sendo redescoberta como agente privado/domiciliar/íntimo de proteção social de seus membrosassumindo a função de suprir as necessidades e os cuidados principalmente com as criançasassegurando o bemestar socialsuprindo o caráter de (des)proteção do Estadopassando a culpabilizar e responsabilizar as próprias famílias por sua condição social. Diante dissoa presente pesquisa tem por objetivo discorrer em que medida o papel das Associações Cannabicas frente ao uso terapêutico da Cannabisem uma sociedade proibicionistapode ser fundamental e de que modo tais associações têm engendrado as transformações necessárias frente ao proibicionismo para proporcionar acesso às políticas sociais ora negligenciadas pelo Estado. Marca: Não Informado