A partir de agora é necessário viver a grande dicotomia de escolhas dentro do silêncio do ócio. No livro Solidão ou Solitude? desconstruímo-nos das camadas que não eram nossas, as que nos foram impostas, jogadas, socadas, engolidas e as que pensávamos nos pertencer, mas na verdade não eram parte de nós. Galgamos um desnudar para descobrir a essência de quem somos. Agora, na Dicotomia do ócio, travamos uma luta entre o que vem do outro tentando novamente nos soterrar e o que pulsa em nós repleto de reatividade para bloquear o alheio, afinal, ainda não temos a segurança para caminharmos sem que as amarras alheias nos prendam ao que nos desprendemos com tanto custo. A partir deste momento, já esvaziados das camadas que nos foram jogadas durante anos, e já cientes de quem nós realmente somos sem a incidência de tantos quereres alheios, também precisamos nos desvencilhar de nossos paradigmas, nossos olhares enfáticos e cheios de razão para nos enchermos do olhar do outro... Este ato, também denominado EMPATIA, é o grande passo para que voltemos a viver em sociedade, relacionemo-nos em qualquer âmbito da vida e sigamos em frente.