Uma nova onda obrigou-nos a mergulhar e, quando emergi, o António gritou-me que a culpa era dele, enquanto eu, carregado com o estúpido receio que umas mãos vindas do nada me agarrassem nas pernas e me puxassem para o fundo do mar, procurava chegar a terra. Foi o meu momento mais feliz desta vida. Deve ter durado uns dez minutos, que se esboroaram quando cheguei a terra, deitei-me, ofegante, de costas, a olhar para o sol, e ouvi a minha irmã, derrubada pela dor, a chorar a morte do meu pai. Marca: Não Informado