Natacsha Kampusch sofreu o destino mais terrível que poderia ocorrer a uma criança: em 2 de março de 1998, aos 10 anos, foi seqüestrada a caminho da escola. O seqüestrador – o engenheiro de telecomunicações Wolfgang Priklopil - a manteve prisioneira em um cativeiro no porão durante 3.906 dias. Nesse período, ela foi submetida a todo tipo de abuso físico e psicológico e precisou encontrar forças dentro de si para não se entregar ao desespero.
Agora, pela primeira vez, Natascka Kampusch fala abertamente sobre o seqüestro, o período no cativeiro, seu relacionamento com o seqüestrador e, sobretudo, como conseguiu escapar do inferno, permitindo ao leitor comprender os processos de transformação psicológica pelos quais passa uma pessoa mantida em cativeiro, sofrendo todo tipo de agressão física e mental imaginável.
“Agora me sinto forte o bastante para contar a história do meu sequestro.” “Meu cativeiro é algo com que vou ter de lidar durante toda a minha vida, mas, aos poucos, acredito que não serei mais dominada por ele. Ele é parte de mim, mas não é meu tudo. [...]
Ao escrever este relato, tentei encerrar o capítulo mais longo e sombrio de minha vida. “Sinto-me aliviada, porque pude encontrar palavras para o que considero indescritível e contraditório.” Natacsha Kampusch